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sexta-feira, 12 de agosto de 2011

DIRETO DO TÚNEL DO TEMPO: PÓLVORA NO XIV UNICUIA 1997

O UNICUIA foi uma espécie de Olimpíadas realizada anualmente em nossa Capital, promovido pela Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT), com várias modalidades coletivas e individuais, nos naipes masculino e feminino, e sempre com a presença do basquetebol.

Nesse formato o UNICUIA foi realizado entre o período de 1983 e 2000.

Era uma grande expectativa quando a UFMT divulgava o período das inscrições do torneio, pois vencer o UNICUIA equivalia a um título cuiabano, e porque não dizer, um título estadual, pois sempre contava com fortes equipes do interior do Estado (me lembro do pessoal do Casarim de Rondonópolis).

Nesse período (de inscrições) começava também a procura por atletas para formar ou reforçar as equipes.

Em 97 mais uma vez estavámos com o PÓLVORA E.C., onde entramos na competição com um "junta-junta" de respeito, 12 atletas inscritos (geralmente não fazia isso, inscrever 12 atletas, pois nunca dava tempo para jogar todos - os mesários diziam que cronometravam, mais o tempo era corrido), 3 ou 4 pivôs (a equipe apesar de sempre estar nas cabeças, nunca conseguia um pivô), mais a base tetra-campeã do final dos anos 80 e início dos anos 90 (naquele ano já fazia bastante tempo, heim?), com Pássaro, Toninho, PC e Beto (que havia jogado por dois anos conosco).
Mas a estréia foi contra a equipe do momento, a "papa-tudo" da época - a ETF, da Profª Tânia, com Ronie, Boi, Neco, Alan, Guerrinha e Cia Ltda. O Placar: ETF-A 83 x 36 Pólvora.
Se o tempo de jogo fosse cronometrado, poderia dobrar o placar que seria pouco, foi uma senhora surra.
Com a derrota pelo placar elástico boa parte dos atletas sumiram dos jogos seguintes conseguindo resgatar alguns destes para a final do torneio.
Mas chegar na final não foi fácil. Com o sistema de pontos corridos, classificando duas equipes para a final, não podendo contar com saldo de cestas, devido o grande saldo negativo de cestas, o Pólvora tinha que vencer todas as partidas restantes (entre os mais fortes a UNIC, o ETF-B, e a Morada do Ouro).

As vitórias sobre a equipe da Morada do Ouro, que tinha a base do extinto e vitorioso Monte Líbano/ICE, de Reginaldo, Peterson, Xingu e outros (76 a 70) e ETF-B (44 a 43) foram de tirar o fôlego e dignas de uma equipe que estava acostumada a jogar pressionada. Estas duas partidas se os amigos da época ajudarem merecem postagens à parte.
Assim, chegamos à final contra a ETF-A, a exatos um mês da partida (1ª partida em 16/9/97 e a final, realizada em 16/10/1997) que tínhamos perdido por quase 50 pontos.

Quanto a partida, em resumo, eles dominaram a grande parte do jogo, sempre com vantagens que variavam de 12 a 15 pontos. Porém, em um momento de "abafa" conseguimos reduzir a vantagem no final do primeiro tempo para 8 pontos, mas nem por isso abalou a confiança dos garotos adversários, que achavam que venceriam a qualquer momento, devido a força e o preparo físico avantajados em relação à nossa equipe.

O segundo tempo sim, foi de rachar, partimos com tudo para cima deles, chegamos a tirar a diferença para 04 pontos e a calma acabou: O Pini colocou a pivozada de 2 metros de altura para dançar e deu um show de técnica e agilidade; as bolas de três pontos do Beto começaram a cair seguidamente; porém, não foi suficiente e nos minutos finais da partida prevaleceu a melhor forma física do adversário que rapidamente abriu novamente o placar celando a vitória, o primeiro título da ETF na competição, apesar de campeã estadual, e acabando com o sonho de conquistar o 5º título com o Pólvora (86/89/90/91).

O objetivo sempre é o título, nunca perder, por mínimo que seja. Porém, depois da derrota por quase 50 pontos, que não saída da cabeça de nossos atletas, estando na final, antes de pensar em vencer buscavámos alternativas que nos levasse a disputar uma partida digna de final.

E creio que conseguimos, com muita inspiração e espírito coletivo, fizemos uma bela partida, onde se a vitória, o título, viesse seria, não um fato extraordinário, mas, uma simples consequência do que demonstramos em quadra.


Ficha Técnica da Partida
Competição: XIV UNICUIA - 1997
Data: 16/10/1997
Local: Ginásio da Lixeira
Arbitros: Jance Padilha e Paulo Zeferino
Ofíciais de Mesa: Siely Almeida, Valdir Coutinho, Jorge Luis
Placar: ETF-A 67 x 53 Pólvora (1º T: 26x18; 2T: 41x35)



ETF-A: Ronnie (7); Marco Rogério (14); Guerrinha (5); Ronicélio (4); Allan (7); Márcio (5); Vagner-Boi (13); Neco (6); Leonardo (2); Edmilson; Agnaldo (4) - Técnica: Tânia Pinheiro

Pólvora E.C.: Mário Matana; PC (5); Fenelon Muller; Evaldo Tadeu (4); Pássarinho (7); Luis Roberto-Beto (16); Pini (19); Evalton; Manuel Santos; Maxuel Pereira; Toninho (2).



2 comentários:

Anônimo disse...

Meu pai, O Pini guarda essa foto da equipe até hoje,
sempre gostou de jogar basquete, está na família, está no sangue.
Abraços

Paulo César (PC) disse...

Olá amigo, gostei muito do seu comentário, oportunidade em que aproveitei para rever o blog (desativado desde 2014) e ver as proezas que postei sobre futebol e basquete, meus esportes preferidos e onde fiz muitas amizades.
E o Pini, grande personalidade, foi uma dessas boas amizades, de adversário (do Borbóia) a um grande companheiro, dentro e fora das quadras.
A foto desta postagem refere-se a uma final que fizemos contra ETF-MT, campeã estadual de 1997, representante do Estado no campeonato brasileiro (que na época ocorria), onde perdemos, mas demos um calor na rapaziada adversária e seu Pai foi um dos protagonistas desse jogo, pois o Pólvora (em 97 já não era o grande Pólvora do final dos anos 80! Rsrsr), contava só com ele na posição de pivô e o adversário tinha 4 pivôs de dois metros de altura e ele pois a moçada pra dançar! Foi muito bacana!
Isso aí, siga os passos do seu Pai e será um grande atleta!
Abraços!